terça-feira, 4 de agosto de 2015

O Medo

Então você dorme, e acorda, e dorme, e acorda, e nada muda na sua vida.
E quem pode fazer mudar?
Somente você.
E o que você quer?
Continuar na sua zona de conforto?
Ou arriscar e se surpreender?
Por que tanto medo de viver?
Porque tanta força de se esconder?
Ainda não sei para onde ir e nem o que fazer.
Tá.
Mas é preciso tomar atitude.
É preciso decidir.
O mundo não para para você sofrer, se esconder ou chorar.
O mundo continua, ele gira, ele dá voltas, ele anda, ele vai.
O tempo passa, e esse tempo que você se escondeu é simplesmente um tempo perdido.
Não tem volta.
Desperdício.
Desperdício de você.
Desperdício de vida.
Esforço para nada.
Porque uma hora você tem que sair de onde está.
E lutar.
E acreditar.
E viver...


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A Dor Que Existe Dentro de Cada Um de Nós...

Tem muito tempo que não coloco aqui os meus sentimentos. Mas,lendo meus posts antigos, parece que foi ontem. Os sentimentos não mudaram, as sensações e visões do mundo que vivo também não. Talvez um pouco mais de esperança tenha nascido dentro de mim, mas uma tristeza que não finda também cresceu.
Eu tenho vontade de abraçar o mundo. Mas, diferente do que se possa pensar, não tenho vontade de abraçar todo mundo. Frases tão parecidas, com um significado tão diferente... Eu gosto da minha solidão. Gosto de ser solitária, porque preciso dos meus momentos comigo mesma. Mas gosto de saber que tenho alguém importante perto. Alguém com quem possa contar. Alguém que me escute. Alguém que me preencha. Alguém que goste de mim e que queria dividir o mundo comigo. Gosto também de saber ter amigos verdadeiros. São poucos, mas gosto de tê-los.
Nunca fui pessoa de "turma", nem de ter obrigação de dar satisfação ou ter o mesmo pensamento que um monte de gente. Sei que sou diferente, mas não preciso estar inserida em uma turma de pessoas para me sentir bem. Prioridade para mim é me sentir bem comigo mesma. O que já é bem difícil...
Olho para mim hoje e sei que acertei em muitas coisas com essa minha maneira de ser. Mas sei que errei também. Sei que, por causa de passagens infelizes da minha vida, criei um muro alto para me proteger. Criei uma redoma, talvez, onde posso olhar para o outro, mas o outro não pode olhar para mim. Tenho feridas ainda abertas, e cicatrizes doloridas. Sei que só eu posso curá-las. Sei que só eu posso escolher usá-las para me sentir melhor. Entender que elas foram necessárias para eu me tornar a pessoa que sou hoje. Mas também sei que expor essas feridas e mostrar essas cicatrizes vai doer de novo... Quanto vale o sofrimento? Até onde ele pode me levar? Será que vale relembrar o passado para curar meu futuro? Ou isso é só uma grande, e antiga, frase de efeito?
Cada um carrega dentro de si suas lembranças, suas dores, e, quem sabe, suas resoluções. Eu não sei se posso curar minhas dores. Eu não sei se posso suplantar todo sofrimento que já vivi. A luta é constante... Um dia, quem sabe...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Você...

E aí você se redescobre, ou se reinventa.
Porque era necessário.
Porque viver dependia disso.
E não há nada melhor do que esse sentimento de se encontrar, de se ver de novo, de encontrar seus sonhos perdidos, de saber o que se quer, o que se deseja. 
E essa louca sensação da liberdade na gente...
É como o vento batendo no rosto.
É como estar descalço andando nas areias da praia.
É sentir o coração batendo dentro do peito.
É saber dizer sim ou não.
É saber a direção que se quer seguir.
É amor. Amor puro. Por você mesma. Pelo mundo...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Do fundo do peito...

Não sei descrever o momento que estou vivendo, mas a estranha sensação de que estou em um mundo do qual não pertenço aumenta dia após dia. Estar com pessoas me faz me sentir sozinha, estar sozinha me traz a dor da solidão. Amar alguém que não se pode estar junto, trabalhar em algo que não me satisfaz, nem profissionalmente nem financeiramente. Aonde estou? O que fiz da minha vida? O que posso fazer para melhorar isso?
Não sei, me sinto completamente perdida e sem rumo. Me sinto velha, sobrevivendo (???) ou esperando o dia que irei embora...
Ouço conselhos, ouço histórias, e não, não me considero a pessoa mais azarada do mundo, ou a única que tem problemas, ou que os  meus dissabores e dúvidas são os piores do mundo. Mas eles fazem parte do meu mundo, e se eu não conseguir resolver o meu mundo, como vou me inserir no mundo de todos, ou de um alguém?
Tenho travado com a vida inúmeras batalhas, me trazem dores e tristezas, mais do que alegrias. Ou sou eu que não consigo ver as alegrias? Tenho enorme dificuldade em registrar em mim as coisas boas da vida. E grande facilidade em guardar as ruins, em absorver o negativo, o doloroso... A minha vida foi sempre de luta. Mas sempre, do que me lembro, de muito mais perdas do que ganhos. Isso me deixou fragilizada, insegura e triste. É difícil se livrar desses sentimentos. É difícil acreditar em si (ou pelo menos tentar) quando a gente se depara com problemas, problemas e problemas, e sequer um abraço carinhoso, um eu te amo ao final da jornada ou um beijo na testa.
Escrever era minha única saída. Fiquei meses sem conseguir colocar qualquer coisa no papel, ou na tela do computador. Mas ando sentindo uma necessidade absurda de falar, escrever, colocar para fora toda essa angústia dentro de mim, dentro do meu coração, que me aperta o peito, que me faze desistir e dormir, ou tentar dormir, e esquecer... Mas no dia seguinte eu acordo, e nada mudou, vem toda a angústia de novo. Porque ela não foi resolvida, porque ela existe e eu quero fingir que não existe, porque eu preciso lutar diariamente com ela, até a minha vitória. Porque é preciso vencer essa dor. Porque é preciso vencer o que quer que esteja dentro de mim e que me faz chorar, que me faz sofrer... Não sei aonde e nem como me perdi. Eu tinha sonhos. Eu tinha vontades. Eu tinha crenças. Hoje não as tenho mais. Preciso, e disso eu sei, recuperá-las, preciso recuperar a mim mesma, preciso me reencontrar e voltar a amar a pessoa mais importante do mundo para mim: eu mesma.
Eu vou, para onde e por qual caminho ainda não sei. Mas preciso ir. Dar o primeiro passo. Os outros vêm, e me empurram escada acima. E eu vou me encontrar. E mais uma vez eu vou chorar, mas pela última vez, vou chorar de alegria, por me ver renascer...

quarta-feira, 12 de março de 2014

A vida é injusta?

A vida é injusta. Isso é certo para mim.
Eu nunca fui santa, mas sempre procurei fazer as coisas certas, de forma correta.
Fui boa filha, boa esposa, sou boa mãe...
Mas sempre tive milhões de dificuldades. Tudo para mim é difícil.
Tenho medos enormes!
Tenho dores infinitas!
Tenho sofrimentos tenebrosos...
E como lidar com tudo isso, quando tudo isso se agiganta, e você se acovarda, porque você se torna escrava de todas essas sensações, e se guarda, e se resguarda, e não sabe exatamente onde nem como e o que fazer para sair disso.
Triste, né...
Esses últimos dias tenho me sentido a pior pessoa do mundo.
Aquela que errou em tudo, fracassada, sensação de vazio total. Solidão.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Amadurecer dói...

Tenho saudades de tantas coisas que já vivi e passei, tantas coisas boas que aconteceram na minha vida, que tive a oportunidade de viver...
Não devemos ficar pensando no passado, porque quem vive do passado acaba não vivendo e deixa de aproveitar, e até mesmo enxergar, oportunidades no presente. Mas muitas vezes me pego curtindo minhas lembranças.
Lembranças fazem parte daquilo que somos, do que nos tornamos. Ajudam a modelar nosso caráter, nosso modo de ver e encarar a vida, nossa força ou nossa fraqueza.
Nem sempre o que queremos e desejamos é o melhor para nós...
Nesses últimos tempos, aprendi q amadurecer é o mais difícil de viver, é a parte mais dolorida, mas é a mais importante. A gente sofre, a gente quer ficar quietinha escondida sem falar com ninguém, porque parece que nossos pensamentos e sentimentos estão todos embolados, é uma confusão do que é certo ou errado, do que é bom ou ruim, do que faz bem ou faz mal.... Mas mais importante é tomar a decisão de seguir em frente fazendo o que é o melhor para a gente, racionalmente. porque para amadurecer mesmo, de verdade, é preciso pensar com a razão, e deixar de lado as emoções, pois elas, às vezes, muitas vezes, nos cegam, nos confundem...
Ah, como seria bom se a gente conseguisse resolver nossos problemas de forma tranquila, sem dor, sem choro!
Mas eu vou, caminhando, em frente, no meu ritmo, crescendo, aprendendo, muitas vezes errando, mas nunca desisto.
Sei que o que me espera no final da caminhada é algo muito bom!
E é para lá que eu vou!